
Diante da ausência de políticas públicas e da invisibilidade enfrentada por pessoas com deficiência na Baixada Fluminense, surgiu o Fórum das Pessoas com Deficiência da Cidade de Belford Roxo. O projeto nasceu da união de pessoas que acreditam na força do coletivo para transformar o mundo, tendo o conhecimento como principal instrumento. Essa iniciativa articula ações culturais, políticas públicas e mobilização social para garantir direitos e transformar realidades.
A proposta é simples: criar espaços de escuta, mobilização e atuação concreta para garantir dignidade, acesso e protagonismo aos PCDs (pessoas com deficiência). Tudo isso com base em valores como ética, equidade, respeito e amor.
Cultura, arte e política como ferramentas de transformação
Desde sua criação, o Fórum já realizou seis Saraus Bilíngues, promoveu três palestras com especialistas em inclusão e criou uma Comissão para Implementação de Políticas Públicas de Acessibilidade Cultural, que já realizou quatro reuniões para discutir caminhos e soluções concretas.
Um dos grandes destaques foi o lançamento do livro “Mães Atípicas e Depois do Diagnóstico? Histórias de Vidas”, publicado pela Editora Metanoia, com lançamento na Bienal do Livro 2025 e também no Shopping Nova Belford Roxo.
Outro marco foi a eleição de uma pessoa com deficiência visual como delegada municipal para a Conferência Estadual de Cultura — um passo importante rumo à representatividade efetiva nos espaços de decisão.
Uma rede em crescimento
Além das ações presenciais, o Fórum mantém um grupo de WhatsApp com mais de 50 participantes, entre artistas com e sem deficiência. O objetivo é abrir oportunidades para apresentações, trocas e articulações culturais em Belford Roxo e outras regiões.
Também já foram realizados cinco Fóruns Municipais da Pessoa com Deficiência, criando espaços permanentes de diálogo, escuta e proposição de políticas públicas.
Quem faz o Fórum acontecer?
A coordenação executiva é formada por Márcia Ribeiro Joviano, Natany Carvalho e José Antônio B. dos Santos (in memoriam). O grupo conta ainda com articuladores e colaboradores de diferentes áreas: assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, intérpretes de Libras, artistas, ativistas e educadores.
Entre os nomes envolvidos estão: Felipe Nascimento, Rosalice Rosa, Renata Soares, Débora Jesus, Paulinha, Viviane, Carla Indiara, Ailton Tutinho, Luciano Jesus, Adriana Lopes, Rap Cardoso, Gessilane, Lidiane, Cristiano Vasconcelos, Neide Lima, Fabiana Esteves, entre outros.
Parcerias e apoio institucional
O Fórum conta com o apoio de diversas instituições, entre elas:
- Editora Metanoia
- IFRJ – Campus Belford Roxo
- Casa da Cultura de Belford Roxo e de São João de Meriti
- Samba Literário
- Museu Vivo Multiarte
- Movimento Meriti Solidário
- Rádio Ativa e Rádio Senzalla
- Instituto Anjos com Deficiência
- Shopping Nova Belford Roxo
- Casa de Bambas
Empatia como meta
Mais do que promover eventos, o Fórum luta pela implementação do desenho universal: conceito que garante acessibilidade para todas as pessoas, com ou sem deficiência, desde o planejamento dos espaços físicos, culturais e digitais.
Também trabalha para ampliar o acesso à tecnologia, já que muitas PCDs enfrentam precariedade no uso da internet e ferramentas digitais — o que dificulta sua participação plena na vida em comunidade.
Sonhos se tornam realidade
Com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Fórum busca sair do discurso e partir para a prática. E os resultados já são visíveis: artistas com deficiência se apresentando em palcos locais e fora do município, mães atípicas tornando-se escritoras, e o fortalecimento de uma rede sólida de apoio e mobilização.
A missão é clara: garantir o direito de ser feliz, viver com dignidade e ocupar espaços com protagonismo.
A matéria ficou lindíssima!!!
Gratidão!!
Parabéns 🎊
Gratidão a todos🧩