
Aquilo que está debaixo da terra e ninguém vê. É assim que Gizele Aguiar define o primeiro livro de sua autoria Raízes do Autismo. Com lançamento no Golfe Clube de Teresópolis, em pouco tempo as vagas foram esgotadas e o evento lotou antes mesmo de começar.

Prometendo ser inusitado e fora da caixa, o livro de Gizele fala sobre autismo em tom provocador e reflexivo. A autora diz que o retorno do livro está ótimo. “Uma das leitoras disse que se sentiu validada”, afirma. O título faz menção ao avesso, ao contrário, ao que é invisível sobre o autismo. O subtítulo é uma provocação às famílias que veem o autista como um “problema”: Pé de mamão não dá limão.
É a negação do laudo, do diagnóstico. É assim, meu filho não tem nada não, porque eu era igual a ele.
Eu não tenho nada, eu não sou autista, então meu filho também não é. Meu filho é super inteligente. Ou seja, mais uma vez, estigmatizando o autismo como um problema, um defeito. E que o filho não é esse problema. Então, acho que o maior problema é esse, é eu negar o que eu vejo no meu filho e em mim, é eu negar a probabilidade do meu filho ter um diagnóstico explicando o comportamento dele, e que é igual ao meu quando eu era criança
A autora diz que precisa se estudar e se entender. “Pra eu parar de me culpar, pra eu parar de me crucificar por coisas que, às vezes, eu não consigo controlar. E outras eu consigo, mas eu não preciso mais me controlar a um ponto de me machucar, sabe? Posso me equalizar, sem me machucar. Então, o pé de mamão não dá limão é provocativo mesmo.”
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