“Nosso maior sonho é construir um mundo totalmente inclusivo”: conheça a Fundação Dorina Nowill

Reprodução: OpticaNet
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Com o objetivo de produzir e distribuir livros em braile para estudantes com deficiência visual, a Fundação Dorina Nowill lançou a Rede de Leitura Inclusiva. A iniciativa foi ampliada para contemplar outras deficiências. Em entrevista exclusiva, Julia Santos, articuladora da Rede, conta em detalhes sobre a Fundação e seus projetos de acessibilidade.

1. Como surgiu a Fundação Dorina?

R: A Fundação Dorina foi criada em 1946 pela educadora Dorina Nowill com o nome de Fundação para o Livro do Cego no Brasil, com o objetivo de produzir e distribuir livros em braille para estudantes cegos. Com o tempo, a atuação da instituição se ampliou e passou a incluir serviços de habilitação, reabilitação, educação, empregabilidade e inclusão cultural para pessoas com deficiência visual. Em homenagem à sua fundadora, a organização passou a se chamar Fundação Dorina Nowill para Cegos em 1991, mantendo o compromisso de promover a inclusão e autonomia das pessoas cegas e com baixa visão.

2. E o projeto de leitura inclusiva?

R: Criada em 2013 pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, a Rede de Leitura Inclusiva tem como objetivo promover o acesso à leitura para pessoas com deficiência visual. Inicialmente voltada a cegos e pessoas com baixa visão, a iniciativa foi ampliada para contemplar outras deficiências, fortalecendo o compromisso com a inclusão. A Rede oferece livros em formatos acessíveis para bibliotecas e instituições que desenvolvem ações de leitura, além de incentivar a atuação de profissionais como mediadores, garantindo a participação de pessoas com deficiência nas atividades. Presente em todo o país, a Rede atua por meio de Grupos de Trabalho (GTs), que desenvolvem ações alinhadas às necessidades de cada território.

3. Vocês capacitam os mediadores? Como fazem isso?

R: Sim, realizamos oficinas formativas de três formas. A primeira é presencial, em parceria com os Grupos de Trabalho (GTs), por meio de visitas aos territórios para dialogar diretamente com o público local. A segunda é online, utilizada quando não é possível o deslocamento até o espaço. E a terceira são as formações presenciais realizadas na sede da Fundação Dorina, que contemplam quatro encontros anuais abertos a todo o público interessado em inclusão e acessibilidade. Em todas as modalidades, as oficinas têm como tema central a acessibilidade e a inclusão de leitores com deficiência visual e são divulgadas nas redes sociais da Fundação Dorina.

4. Os livros podem ser acessados como?

R: Os livros acessíveis da Fundação Dorina estão disponíveis em formatos adaptados, como braille, audiolivros e livros digitais. Eles podem ser acessados por meio do acervo online da fundação (Dorinateca), em bibliotecas parceiras, ou solicitados diretamente pela instituição para pessoas cegas e com baixa visão.

5. Como procurar o projeto?

R: Para saber mais sobre o projeto você pode entrar em contato conosco através do email: leiturainclusiva@fundacaodorina.org.br ou por telefone 5087-0960.

6. Vocês têm redes sociais? Se sim, quais?

R: Sim! A Fundação Dorina Nowill para Cegos está presente nas principais redes sociais para compartilhar informações, ações e conteúdos inclusivos. Você pode nos encontrar no:

7. Qual é o maior sonho de vocês dentro da Fundação Dorina?

R: Nosso maior sonho é construir um mundo totalmente inclusivo, onde pessoas cegas e com baixa visão tenham igualdade de oportunidades em todas as áreas da vida, desde educação até mercado de trabalho, cultura e lazer. Trabalhamos para eliminar barreiras e garantir que elas possam exercer sua cidadania plena, com autonomia e independência.

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